5 de fevereiro de 2013

Ciúme e Desapego.


Não sou ciumenta.

Com absolutamente nada.

Desapego faz parte de mim e da minha vida.

Se você quiser o que eu estou comendo te dou um pedaço, aliás, te dou tudo e faço outro para mim. Divido meu melhor vinho, mesmo se só tiver aquela taça.

Meus filhos podem amar outra pessoa como se fosse a mãe deles. Eles fizeram. E eu fiquei grata por ter alguém para me substituir quando eu estive que ficar ausente.

Minhas coisas podem ser usadas por qualquer pessoa amiga. Não escondo gadgets dos filhos, meu laptop fica a disposição, se meu irmão quer o carro emprestado pode pegar, se minha amiga quer meu vestido que nem retirei a etiqueta eu empresto.

Meus amigos que tanto amo, podem ter outros amigos e desejo que eles se encontrem muito, que me chamem quando possível, se não for também sem problema.

Acontece que tem gente que confunde desapego com falta de amor, ou pior, confunde amor com ciúmes.

Ciúmes para mim é uma inutilidade.

Imagine você ser tão apegada a aquele carro e alguém o roube, ficar tão grudada na sua amiga que ela comece a mentir para você para não te contrariar, não deixar seu marido jogar bola e ignorar que ele come a secretária na hora do almoço, não deixar sua sogra dar carinho aos seus filhos e a morte te levar embora, deixando seus filhos sem nenhuma ligação materna.... tudo isso não é pior do que o ciúme?

Por isso achei esta imagem acima a perfeita simbologia do ciúme, um cadeado sem condições de uso, preso com sua própria chave.

Prove o desapego.

É um exercício diário, mas libertador!

2 comentários:

Michele Pupo disse...

De acordo, Má. Exceto quanto se trata dos meus livros! Aí o bicho pega!!!! risos

O Gato do Balaio disse...

kkkkk
Por isso tenho um Kindle....