20 de dezembro de 2012

Todo mundo quer um pedaço de você.


Talvez este texto não seja sobre você, mas é sobre mim e sobre muitas pessoas que conheço.

Você já notou quantas concessões faz em nome dos outros?

Quantas vezes as pessoas querem algo de você?

Algo não, pior, querem você. Um pedaço do seu tempo, da sua vida, da sua atenção... de você.

Vou dar os meus exemplos :

- Vou no casamento da manicure que conheço apenas a 2 meses, em pleno sábado de sol, em um local pequeno, apertado e quente só porque ela vai ficar feliz por isso;

- Dou o maior bife para qualquer um de casa ( amo carne );

- Faço pizza de frigideira e como por último;

- Se alguém me pede algo eu paro de comer/ler/ver TV para ir fazer;

- Atendo ao telefone mesmo estando comendo/dormindo/cansada e presto atenção;

- Largo meus compromissos pessoais para me adequar ao de outras pessoas;

- Fico sem fazer unha no natal e ano novo porque terei que cozinhar;

- Compro todos os presentes de natal e quase nunca ganho algum, ainda divido o crédito de ter escolhido;

- Planejo sozinha o ano-novo e executo ( compras, bebidas, convidados e comida );

- Se tem algo chato ou trabalhoso ou que leva tempo para executar, eu me proponho a fazer por achar que tendo maior conhecimento daquele problema, farei mais rápido e não trarei transtornos á aquela pessoa, pois eu já passei por aquilo e saberei lidar melhor com o problema.

E poderia ficar o dia todo listando coisas, mas quero deixar claro que não tenho pena de mim, não quero ser super heroína e nem quero crédito pelo que faço, já que eu fiz porque eu quis.

O problema é que me dei conta que eu não estou fazendo O QUE EU QUERO.

As pessoas se acostumam com esta situação " a Maela resolve" e o que eu faço por achar que é a melhor forma, vira parte do meu compromisso com estas pessoas, ou seja, antes era " você poderia por favor fazer pipoca para mim?" e vira " cadê a pipoca? o filme vai começar!!" ou simplesmente "mãe, pipoca!".

Eu faço as compras de casa. Mas deixo dinheiro para qualquer pessoa ir buscar o que precisa no mercado em frente de casa. Quando eu chego, meus filho me diz "você trouxe pão? Acabou desde ontem!"

TEM 2 PADARIAS AO LADO DE CASA e 3 mercados! Mas eu tenho que ir.... porque eu sempre vou....

Outro dia resolvi fazer o que eu queria. Fui taxada de egoísta.

Já que eu tenho tempo para ler, tenho tempo para correr, tenho tempo para joguinho no iphone, séries de TV, blog e amigas, porque eu iria querer fazer MAIS outra coisa??

E foi assim que eu caí nesta reflexão.

Mas eu resolvi fazer o que eu queria.

E farei cada vez mais, delegarei cada vez mais e me importarei cada vez menos com estas banalidades.

Pois a culpa de eu estar neste embolo todo é minha e como sempre eu fiz, RESOLVEREI.

4 comentários:

Anônimo disse...

Bom que vc tenha percebido. Sempre há tempo de reverter essa situação. As pessoas confundem a tal "pessoa prestativa", sempre disposta a ajudar.
A palavra de ordem é DELEGAR. Vai desagradar? Vai, por algum tempo. Isso passa.
E os filhos? Eles têm que crescer e crescer dói, não é mesmo?
Um beijo e boa sorte. Adoro seu blog.
Mari

Jussara disse...

Pelo menos vc se deu conta disso, Maela. Já faz um tempo que eu aprendi a dizer não pras pessoas, e mesmo assim, às vezes ainda me irrito comigo mesma quando deixo passar alguma coisa. Infelizmente, ou felizmente, já que o poder de mudar cabe a nós, a culpa disso é da gente mesmo, que se deixa "explorar", com "medo" do que vão pensar, achar, falar.
Mas nada como fazer o que se quer e dar um chega pra lá na culpa.

O Gato do Balaio disse...

Olá Mari, obrigada pela visita ( desculpe demorar tanto em responder ). Estou delegando bem mais, mas ainda é menos do que deveria. Mas é promessa para 2013.
Bjs mil

O Gato do Balaio disse...

Olá Jussara, da culpa me livrei faz tempo, o duro é a mania servil. Minha avó maravilhosa nos criou assim, mostrando que fazer coisas para os outros é sinal de amor. Quando percebo, estou fazendo as mesmas coisas que ela.